"Blogue direccionado a hedonistas, plebeus, diletantes, pedantes, mongolóides, escroques, pulhas, girondinos, jacobinos, pretensiosos, aristocratas, afectados, presunçosos, humildes, demagogos, medíocres e tudo!" - Bernardo Diniz de Alcoforado in "Noel Bouton de Chamilly já não mora aqui"
sábado, 27 de outubro de 2012
Boredom
Porque é que a expressão "morrer de tédio" tem, forçosamente, que ter uma conotação negativa?
Na minha orgulhosa opinião acho que morrer de tédio é a opção mais inteligente. Revela argúcia de espírito, agudeza, juízo.
Eu, quando morrer que seja de tédio. Haverá decisão mais esclarecida? A tua conversa seca-me, entedia-me, então que morra para não mais te ouvir.
Eu não quero morrer a meio duma conversa interessante, que me estimule o cerebelo, que me faça cócegas no hipotálamo. Quero morrer entediado. Sabendo que, em proporção directa, quanto mais entediante for a causa da minha morte mais prazenteira ela se me apresentará. Terá um cunho redentor e aliviante.
Não quero morrer a meio duma brilhante foda, eu quero foder mais. Não quero morrer feliz, isso é estúpido. Quero ser mais feliz, por mais tempo. Se morrer, que morra de tédio. Que lógica tem morrer a meio de algo bom?!
Se puder escolher, que morra a meio de algo mau, e se for de tédio, que é indolor, inodoro, incolor e insípido tanto melhor.
Morrer de tédio é brilhante. Por favor, matem-me de tédio! Se deus existisse e fosse misericordioso matava-nos a todos de tédio. Simples...
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