"Blogue direccionado a hedonistas, plebeus, diletantes, pedantes, mongolóides, escroques, pulhas, girondinos, jacobinos, pretensiosos, aristocratas, afectados, presunçosos, humildes, demagogos, medíocres e tudo!" - Bernardo Diniz de Alcoforado in "Noel Bouton de Chamilly já não mora aqui"

sábado, 8 de outubro de 2011

Redundância



Não deve haver muitas palavras na língua portuguesa que eu odeie tanto como "pró-actividade".

Serei o único a achar este neo-vocábulo repleto duma escusada e absurda redundância?!

Alguém que é activo é, por definição, alguém que não é reactivo, que não espera por uma acção para reagir. Alguém activo é, habitualmente, empreendedor e age, no fundo cumpre uma acção.

Ok. Explicado. Então e alguém pró-activo?... Pois, não sei.

O sufixo "pró", em português, indica algo "diante de", "em favor de", uma vantagem. Então esta "qualidade" (LOL!) que teve como primeiros divulgadores, na minha singela opinião, os PT's (sim, Personal Trainers, mas dito duma forma urbano-chic), seria algo superior a uma acção.

Assim sendo, alguém pró-activo, é mais que activo, mas que não é hiperactivo (esta é outra que dá pano para mangas. Talvez um dia me debruce sobre a geração Ritalina).

Conclusão, é-me de todo impossível conceber alguém que o que pratica ou faz está para além da acção. Ou se é activo ou não, nada tenho contra estes conceitos e formas de estar na vida; não me venham agora é com a pró-actividade, porque não a reconheço, não a entendo e, sejamos um pouco sérios, NÃO EXISTE!!!! É apenas um conceito pouco menos que parvo.

É tudo. Bem hajam.

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