"Blogue direccionado a hedonistas, plebeus, diletantes, pedantes, mongolóides, escroques, pulhas, girondinos, jacobinos, pretensiosos, aristocratas, afectados, presunçosos, humildes, demagogos, medíocres e tudo!" - Bernardo Diniz de Alcoforado in "Noel Bouton de Chamilly já não mora aqui"

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Vida e Obra










O Dantas, nascido em parte incerta nos idos de 1976, assume-se, inicialmente, como um artista pós-catastrofista. Iniciou o seu estudo nas artes e fora delas juntamente com o grupo coimbrão da corrente Galaico-Evangelista "Os Ínclitos", onde se destacam nomes como Juvenal, o "Poeta Fenomenal", José Ninguém e o anónimo António Silva. Fundam o blog "Diletante" que consideram "uma lufada de ar fresco neste lodaçal, que é o panorama nacional."
De seguida, e em clara ruptura com os, até então, seus companheiros de armas, a quem acusa de um “novo-riquismo diletante”, O Dantas prossegue a carreira na capital polaca: Varsóvia. É aí, entre os Cárpatos e a Masúria que se instala durante um ano, imbuído pelo espírito boémio-conservador das gentes do Vístula. Esse será o ano de viragem para o artista que a Europa (e mais tarde o mundo) irá conhecer como o fundador da corrente Catastrófico- Figurativista. É nas inúmeras visitas que faz ao Museu Nacional de Varsóvia que descobre a obra de Jan Matejko, que o influenciará sobremaneira nesta primeira fase Catastrófico- Figurativista.
Decide regressar a Portugal onde se reencontra, após sanadas as divergências que o levaram ao exílio auto-imposto, com o grupo d’ “Os Ínclitos”. Durante a sua ausência a evolução da corrente Galaico-Evangelista ganhou linhas mais consentâneas com o que havia estudado e executado em Varsóvia. Num processo natural, ambos os pensamentos artísticos (Catastrófico-Figurativista e Galaico-Evangelista) fundem-se, originando o que hoje conhecemos como Desconstrutivismo  Pós- Helénico.
O sucesso que esta corrente granjeou entre as franjas mais conceituadas das Belas-Artes nacional e mundial levaram-no a Nova Iorque, onde exibiu no MoMA a sua primeira instalação de renome internacional: “The ShaDow: an unknown story”. Repartindo a sua vida entre Coimbra, Lisboa e Nova Iorque, O Dantas assume-se cada vez mais como um dos incontornáveis nomes da arte plástica em todo o mundo.
Com residência fixa em Portugal desde meados de 2010, diz que pretende “mudar a face cultural da cidade (de Coimbra), dita do conhecimento (vómito que me sobe à garganta!) e desfiar de vez os vetustos andrajos da acção cultural coimbrã, arrancando-a à Universidade e às entidades camarárias e devolvendo-a às ruas e à cidade, que é a quem ela pertence e de onde nunca devia ter saído!”. Esperam-se assim vários actos artísticos levados a cabo por O Dantas na cidade dos estudantes (O Dantas fez questão de vomitar uma vez mais após esta expressão), com instalações capaz de chocar os mais incautos e susceptíveis, neste ano de 2012.
Assim, aguarda-se com expectativa, o que este novo ano poderá trazer do vanguardista grupo, agora intitulado “Os Apócrifos”, ao panorama cultural português e mundial. O Dantas, primeiro português a atravessar o estreito de Dardanelos em gaivota, fundador do Catastrófico-Figurativismo, hedonista, diletante e mongolóide, assume-se cada vez mais como o cicerone do Instalacionismo mundial.
“Rio-me da Arte Moderna, sou um histrião de tudo o que é moderno e contemporâneo.”
O Dantas, in “Fábulas de um rio que passa”, 2005   

Artigo da "Revista à Portuguesa" em 12/03/1977

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