"Blogue direccionado a hedonistas, plebeus, diletantes, pedantes, mongolóides, escroques, pulhas, girondinos, jacobinos, pretensiosos, aristocratas, afectados, presunçosos, humildes, demagogos, medíocres e tudo!" - Bernardo Diniz de Alcoforado in "Noel Bouton de Chamilly já não mora aqui"

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cenas Minhas















Há dois géneros de utilizadores de caixas multibanco que assaz me irritam.

- Número um: aquele que consulta primeiro o saldo e só depois levanta o dinheiro. 

Habitualmente 10€ ou 20€, os mínimos possíveis. Meu caro, apenas um género de pessoa não sabe o dinheiro que tem na sua conta: o rico! Se é rico e o faz na mesma é um perfeito idiota. A máquina dá talões de saldo após o levantamento, sem estar sujeito à maçada de reintroduzir o código.

Se estou a ser injusto para com os mais carenciados que optam pelo mesmo processo peço-vos que pensem comigo: normalmente a forma como estes pensam é, "será que tenho dinheiro suficiente para levantar 20€? ...é que senão levanto 10€... e se tiver 18€ o melhor é levantar 15€.."

Tudo bem, admiro alguém zeloso com os seus gastos (afinal o dinheiro não é de quem o ganha é de quem o poupa), mas meu caro se tens tão pouco dinheiro numa conta e mesmo assim não sabes quanto tens, então percebe-se como tens tão pouco. A partir desses valores devias começar a pensar em contar tostões, não em quantos mais vais esbanjar! Idiota!

- Número dois (habitualmente do sexo feminino, salvo algumas excepções): aquele que vai pagar milhares de contas de uma vez e sempre nas horas de ponta.


Leva dezenas de papéis, que começam logo a cair mal os poisa no multibanco (é inclinado, oh idiota!). Depois passa o tempo a digitar códigos e valores, os quais vai errar pelo menos uma vez dando início a mais um penoso processo de digitalização, entretanto a fila e a paciência adensam-se atrás do asno.

Não contentes, estes idiotas fazem-no não raras vezes nos multibancos exteriores, em vez de preferirem o conforto das caixas interiores, e fazem-no ainda em hora de ponta. Normalmente são homens ou mulheres com menos 30 ou 40 anos que o Manoel de Oliveira, reformados, analfabetos digitais que teimam em premir cada tecla serena e vagarosamente, sem nada que fazer, mas pensam "...e se eu fosse pagar as contas logo à tarde à hora de almoço? Quando há movimento na rua, assim pelo menos vejo pessoas."

Idiotas do mundo, uni-vos... e matai-vos!

Sem comentários:

Enviar um comentário