"Blogue direccionado a hedonistas, plebeus, diletantes, pedantes, mongolóides, escroques, pulhas, girondinos, jacobinos, pretensiosos, aristocratas, afectados, presunçosos, humildes, demagogos, medíocres e tudo!" - Bernardo Diniz de Alcoforado in "Noel Bouton de Chamilly já não mora aqui"

terça-feira, 19 de junho de 2012

Liberdade, Igualdade e... Machismo













É um mundo de discriminação este em que vivemos. As mulheres são privilegiadas a cada dia que passa, a cada segundo, em cada esquina.

A elas (o sexo forte, certo?) tudo é permitido, alteram-se regras, impõem-se leis. O machismo é hediondo, o feminismo é uma luta. Pois eu digo que o machismo tem de ser um desígnio e o feminismo ilegalizado.

Às mulheres, sob a pretensa capa da desigualdade, são-lhes garantidos direitos que ao homem, apenas porque no seu desenvolvimento pré-natal se lhe desenvolveu a genitália para fora, nem os pode sonhar e ai de quem ouse sequer pôr em causa a sagrada instituição que é a discriminação "positiva".

A maior prova de que já não existe discriminação em relação às mulheres é poder falar-se da mesma sem qualquer espartilho ou receio, como também o é o facto de se criarem leis especiais para as meninas... não sei porquê, mas isto soa-me mais machista do que terem apenas e realmente os mesmos direitos dos homens. Então as meninas e senhorinhas concordam que a sua diferença é tanta que para atingir a tão desejada igualdade necessitam de privilégios para atingirem aquela?!

Isto faz-me lembrar do baixinho que para se sentir igual entre os mais altos, em vez de se fazer valer da sua argúcia, superioridade de espírito, subtileza e inteligência prefere igualar-se aos demais usado uns sapatos de salto alto, não tendo noção do rídiculo a que se presta e do quão ofensivo está a ser para os mesmos que, acaso da natureza, não foram dotados de mais uns centímetros.

Da mesma forma, a feminista moderninha gosta é de ter quotas fixas para mulheres na Assembleia da República, quotas em cursos e leis laborais que a discriminem "positivamente". Quer também, rídiculo do rídiculo, que a tratem por juíza e por presidenta, sem sequer notar que estas mesmas palavras são neutras na sua origem e não masculinas.

São rídiculas estas lutas da mulher moderninha que, ao lutar pelo que acha justo, não vê que se rebaixa à condição de diferente e inferior, como que propalando aos quatro ventos que se não tiver estas vantagens nunca terá as mesmas oportunidades dos homens. Mente diminuída esta.

Entretanto o verdadeiro machismo mantém-se presente nas casas desse país fora por homens que maltratam as suas mulheres, não as deixando sair de casa, batendo-lhes, agrilhoando-as psicologicamente e humilhando-as diariamente ao ponto de as mesmas acharem normal terem aquele tratamento. Mas não faz mal desde que a pretensa igualdade seja obtida na Assembleia pelas belas deputadas do círculo Cascais-Oeiras, nas universidades repletas de mulheres (com ou sem discriminação "positiva") e para quadros médios e superiores de empresas, as mesmas que nunca discriminaram ninguém, e se vêem agora obrigadas (ou incentivadas) a optar pela presença feminina em deterimento da masculina, apenas porque a mulher é, espante-se, mulher!

O machismo não se passeia todo engalanado pelos salões da Assembleia nem de capa e batina pelos corredores de uma qualquer faculdade, muito menos pelos átrios dos palácios presidenciais. A luta pela (utópica) igualdade começa em casa e não usa saia travada nem Chanel nº5 e sapatos Jimmy Choo.

No sentido de não mais querer ser descriminado como tenho sido vai para mais de vinte anos gostava que quem exerce cargos de liderança e seja do sexo masculino fosse tratado por Presidento. Gostava que aquele que preside ao tribunal fosse tratado por Juízo. Gostava que qualquer um que alcançasse um ou, vá lá, dois dos cumes mais altos do mundo fosse chamado de alpinisto.

Gostava de viver num país em que houvesse mais secretários que secretárias. Gostava de viver num país em que estabelecessem quotas para homens para cursos de medicina, direito e enfermagem (é uma vergonha o que se passa nas faculdades por esse país fora). Gostava de viver num país que me desse quase lugar garantido como hospedeiro de bordo, desde que mostrasse meio palmo de cara, um par de mamas e umas pernas ao léu (infelizmente tal é apenas garantido às mulheres ou a shemales). Gostava de viver num país que desse possibilidade aos pais (entenda-se pais homens) de ficarem com a custódia dos seus filhos num processo de divórcio, apenas porque são homens. Gostava de viver num país que tivesse a SIC Homem. Enfim, gostava de viver num país mais justo e igualitário, por enquanto isso será impossível, pelo menos enquanto existir este tal de feminismo dondoca.

8 comentários:

  1. É como o racismo actualmente... Supostamente somos todos iguais e tal mas os brancos nao podem dizer 'aquele preto é doido' porque é racista... um preto diz 'aquele branco é doido' e é a coisa mais natural do mundo...
    Como aliás devia ser sempre... a discriminação racial não se resume ao chamar preto, branco ou amarelo a alguém... mas enfim...

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  2. Exactamente. Uma e a mesma situação. Nem mais.

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  3. Pessoas que se julgam iluminadissimas, a tentar arranjar desculpa para o seus ideais machistas e racistas. Nem tentam disfarcar. Acho isso repugnante. Uma coisa e ser machista e racista, outra e tentar arranjar argumentos racionais para justificar esse defeito de caracter.

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  4. Uma vez que nao gosta nem de mulheres nem de pessoas de raca diferente da sua, suponho que o autor do blog (mais os seus sapientissimos seguidores) tambem nao gosta de homossexuais, certo? Repugnante

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  5. O problema é a gravidez...issso complica a teoria ou não é evidente e de elementar humanidade dar direitos "extra" à mulher por esse facto? É que à custa da igualdade a martelo e sem olhar a quem é que numa situação precária gravidez=despedimento.

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  6. claro que sim. mas nenhum dos casos acima apontados tem que ver com gravidez. São apenas privilégios absurdos, quantitativos e não qualitativos, apenas porque se instalou a ideia que a mulher é prejudicada. Não o é já, foi em grande parte da história, mas actualmente, no país em que vivemos não o é, muito menos no que concerne às altas esferas. Como disse, e repito, o machismo existe nas casas, nas vidas domésticas. Agora virem-me dizer que deputadas, médios e altos quadros de empresas e mulheres com acesso a educação superior são discriminadas é reduzir o machismo e a falta de oportunidades das mulheres ao rídiculo.

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  7. Sapientissimo seguidor Iluminado22 de junho de 2012 às 20:52

    Caro(a) anonimo(nº2):
    Em nenhum lado dos textos aqui escritos refere qualquer apoio ao racismo ou à discriminação. Discute-se apenas uma opiniao ( a minha pela menos): O racismo não acabou, foi substituido pela condescendencia.

    É simples: se somos todos iguais, não é preciso haver regras diferentes para ninguem!

    Ao instalar leis que 'apoiam' as mulheres e não aos homens apenas perpetuamos a ideia que as mulheres nao conseguem chegar aos mesmos lados sem ajuda... duvido que todas as mulheres concordem com isso.

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